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Festas Populares e Cultura

"Caretas de Acupe e Nego Fugido" - Acupe de Santo Amaro (Santo Amaro/BA) - julho de 2013

Caretas de Acupe 

A Careta de Acupe é uma manifestação cultural que ocorre em Acupe distrito de Santo Amaro, na Bahia. São produzidas artesanalmente, com papel machê, e têm função de assustar. 

A manifestação passada pelos mais velhos conta que os portugueses trouxeram para a região, máscaras para os seus convidados utilizarem em festas carnavalescas. Os negros escravizados então tiveram a ideia de construir as suas próprias para a celebração. Os senhores de engenho gostaram tanto que eles permitiram que os negros participassem nos anos seguintes. Com o passar do tempo, o movimento cresceu e contou com a participação de escravos fugitivos de outros engenhos. Dessa forma, se deu vida ao movimento cultural dos “Caretas de Acupe”.

Hoje eles se apresentam nas ruas de Acupe, sempre no mês de julho, retratando um episódio que ocorreu na independência da Bahia, onde os "guerreiros do Acupe", se camuflavam mascarados e perseguiam os soldados inimigos. As fantasias são feitas em papel machê e têm a função de assustar os espectadores.

Nego Fugido

Não existem registros que comprovem o período de surgimento do Nego Fugido. As tradições orais e os depoimentos dos próprios moradores mais velhos afirmam que a manifestação surgiu ainda no século XIX.

Dentre as inúmeras lendas que contam a história da aparição, está a praga de Icu. Segundo os moradores, um dos senhores do engenho Acupe se encontrava em estado de falência e resolveu procurar um escravo famoso por suas práticas espirituais, passando a ofertar através dele oferendas à Icu, que em iorubá representa o orixá responsável por retirar o sopro da vida - emi. O senhor de engenho passou então a ofertar a vida dos escravos considerados rebeldes e de seus inimigos, mas a situação acabou saindo do controle e chegou o momento em que já não haviam vidas a serem ofertadas. Foi então que no mês de agosto, Icu lançou uma grande praga sob todo o engenho, ordenando a morte de inúmeras pessoas.

Para se livrar da praga, a comunidade clamou para que os espíritos bons saíssem às ruas no mês que antecede agosto para afastar os espíritos ruins e atrair os bons, conseguindo salvar a comunidade da grande tragédia da morte. Iniciando assim as aparições dos mandus e caretas pelas ruas de Acupe nos domingos do mês de julho.

Naquela época, os escravos torturados e mortos eram enterrados nos fundos da fazenda do senhor de engenho Francisco Gonçalves e em cada cova plantavam-se mudas de bananeira. Conta-se que ao cortar qualquer uma das bananeiras era possível ver o sangue dos escravos enterrados, são as folhas dessas bananeiras que anos depois passaram a ser utilizadas na representação do nego fugido. Acredita-se que a força da manifestação está no caráter espiritual da saia, devido a relação das palhas com os escravos mortos.

(Texto: Wikipédia, acesso em abril de 2025).

Festa de Yemanjá 

A festa de Yemanjá que ocorre todo ano no dia 2 de fevereiro no bairro do Rio Vermelho (Salvador, Bahia), surgiu na década de 1920, organizada pelos pescadores que, desde então, todo ano fazem oferendas a Yemanjá para conseguir uma pesca mais abundante. Trata-se de uma celebração religiosa em homenagem à orixá Yemanjá do candomblé e/ou outras religiões de matriz africana ou afro-brasileira. Todo ano é feita a entrega de um 'presente' para a "rainha do mar" pelos pescadores. A festa atrai milhares de pessoas de várias partes da Bahia, do Brasil e do mundo e mistura elementos sagrados e profanos  nas comemorações que ocorrem ao longo de toda semana, na véspera da festa e no dia 2 de fevereiro, na beira do mar da Praia da Paciência no Rio Vermelho. A celebração também passou a ser realizada em outras cidades da Bahia e do Brasil, litorâneas ou não (como, por exemplo, Itaparica, Cachoeira, Rio de Janeiro, Recife, Belo Horizonte, Brasília, dentre outras).

Nas quatro séries abaixo, apresento fotografias que realizei nas festas de Yemanjá de Salvador (no Rio Vermelho) nos anos de 2013, 2018 e 2019 e 2020 (em Cachoeira, no Recôncavo Baiano), cada uma com ênfase em um dos seguintes aspectos que envolvem as celebrações: místico; pescadores; pessoas.

Místico
Festa de Yemanjá - Salvador/2013
Festa de Yemanjá - Salvador/2019
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